ANIVERSÁRIO
Feliz Aniversário!!!
Chegou
o dia. Mais um ano, mais um aniversário, mais presentes, mais algumas
expectativas, sonhos ao fechar os olhos e fazer seus pedidos... Quer
continuar comemorando assim o seu aniversário ou está aberto a mudanças?
O Talmud nos diz que na data do
aniversário judaico o mazal, sorte, da pessoa é dominante. É certamente mais
que uma ocasião para receber presentes; é uma chance de festejar, agradecer
e refletir sobre o que está realizando atualmente em sua vida. Este é o dia
em que você nasceu, em que a sua vida começou e é também o dia em que sua
vida pode mudar.
O aniversário
ensina o conceito de renascer. Festeja-lo é celebrar um novo começo. Não
importa como as coisas transcorreram ontem, ou ano passado, temos sempre a
capacidade de tentar de novo. Nossos sábios explicam que no dia do
aniversário, com nossa sorte aumentada, torna-se o momento oportuno para
fazer um balanço de nossas realizações passadas e assumir novas decisões.
O aniversário é
mais um estágio em nosso desenvolvimento e a ocasião propícia para uma
introspecção. Aproveite para pensar
sobre o papel que a Torá ocupa em sua vida. Pergunte para si mesmo qual a
distância dos atos que você praticou daqueles que você ainda pode praticar e
adicionar.
Investigue
francamente: "Estou utilizando meu tempo apropriadamente ou o desperdiçando
em coisas fúteis e passageiras? Como posso aproximar o caminho que conecta
minha vida exterior à minha vida interior?"
A mesma energia
que D'us investiu no instante de sua concepção está presente a cada ano mais
uma vez. Aproveite a chance. Comece com a introdução de pequenos atos. É
muito fácil declarar que você está simplesmente agradecido; torna-se muito
mais significativo, no entanto, demonstra-lo através de uma boa ação, algo
que não fez ontem. Não porque alguém lhe está convencendo a fazê-lo ou
forçando-o, mas simplesmente porque a voz de sua alma quer expressar a
gratidão que sente por ter nascido e estar viva.
É simples,
planeje uma festa! Convide sua família e reuna seus melhores amigos.
Alimente e nutra bem seus amigos. Além
dos comes e bebes casher que os farão sair da dieta habitual, prepare uma
comida espiritual. Fale um assunto de Torá (descole um rabino ortodoxo
moderno, mente ampla e cuca fresca, mas profundamente engajado em temor a
D'us e cumprimento de mitsvot - ações quentíssimas da Torá - praticadas com
amor e sabedoria). Recite no Tehilim, Livro dos Salmos, o capítulo
correspondente ao ano que completará em sua próxima data de aniversário.
Deixe exposta uma caixinha de Tsedacá
(caridade) e coloque um valor que ficará a seu critério. Incentive seus
amigos a fazerem o mesmo, explicando que não se trata de nenhuma poupança ou
fundo de investimento pessoal, mas universal - para ser posteriormente doada
aos pobres e instituições beneficentes. Se o seu aniversário cair em um
Shabat ou Yom Tov, dê tsedacá na véspera, antes do horário do acendimento
das velas.
Quer aumentar
suas ações positivas nesta data? Então se possível, adquira uma fruta que
ainda não tenha provado este ano para recitar a bênção de Shehecheyánu:
Baruch Atá
A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, shehecheyánu vekiyemánu vehiguiánu
lizman hazê.
Bendito és Tu,
A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos
fez chegar até a presente época.
No caso de
homens, é costume ser chamado à Torá no Shabat precedente ao aniversário.
Não é simples?
Faça um l'chayim (isto sou eu quem aconselho!) e tenha uma vida longa e
plena, com Torá e mitsvot. Qualquer mitsvá dá uma grande satisfação a D'us,
porque ele vê que a criança na qual Ele
investiu está vivendo conforme seu potencial.
Esta é a
verdadeira experiência do nascimento, o começo verdadeiro para uma vida
significativa.
Não se esqueça
de agradecer a Ele, o primeiro a entrar em sua vida, seu convidado
permanente, o maior amigo desde o dia de seu nascimento:
aquele que certamente nunca lhe abandonará: D'us.
PORQUE VOCÊ NASCEU?
Numa
reunião de família que celebrava o nascimento de uma criança, o Rebe
explicou os três motivos para se alegrar numa ocasião dessas: o júbilo
de toda a nação pelo nascimento de um novo membro, a alegria dos pais
por serem abençoados com um filho, e a alegria da criança por ter sido
trazida ao mundo.
"Mas como
podemos celebrar quando ainda não sabemos o que a criança será?"
perguntou um homem. |
"O
nascimento marca o momento em que a alma entra no corpo" – disse o
Rebe. "E como a alma está conectada diretamente a D’us, este é motivo
suficiente para se alegrar."
Por que você nasceu? |
O processo da vida é muito mais que simples
biologia. Uma pessoa não está plenamente viva a menos que esteja
sintonizada com o propósito mais elevado de sua alma, a menos que
conheça sua missão. |
Seu nascimento significa que você é filho de
D’us. Seu nascimento não foi apenas um acidente; D’us escolhe cada um
de nós para desempenhar uma missão específica neste mundo, assim como
o compositor organiza harmoniosamente cada nota musical.Tire uma nota
que seja, e a composição se desintegra. Cada pessoa tem seu valor;
cada pessoa é insubstituível. Sua vida está sempre o levando na
direção de seu destino, e todo momento é significativo e precioso.
Muitas
pessoas parecem sentir que, apenas porque não escolhemos vir ao mundo,
nosso nascimento é um golpe de coincidência ou do acaso. Isso não
poderia estar mais longe da verdade. O nascimento é a maneira de D’us
dizer que Ele investiu Sua vontade e energia para criar você; D’us
sente grande alegria quando você nasce, o maior prazer imaginável,
pois o instante do nascimento engloba o potencial de todas as futuras
realizações.
Quando, exatamente, começa a vida?
No nascimento, a alma entra no corpo, criando uma vida que se
sustenta, um ser humano autônomo. Um feto, obviamente, é um organismo
vivo completo com cérebro em funcionamento, coração e membros. Mas é
somente uma extensão, embora viva, da mãe. Contém a vida, mas ainda
não é independente, sustentado por sua própria força. |
Portanto, o instante do nascimento assinala o
início de nossa missão na terra, que é transformar nosso mundo
material num veículo de expressão espiritual e Divindade. O processo
da vida é muito mais que simples biologia. |
Cada um de nós tem uma opção: podemos estar
meramente vivos no sentido biológico ou podemos ser realmente vivos,
espiritualmente vivos. |
Uma pessoa não está plenamente viva a menos
que esteja sintonizada com o propósito mais elevado de sua alma, a
menos que conheça sua missão.
Muitos de nós sentimos um lado espiritual em nossa vida. Talvez o
busquemos apenas de tempos em tempos. Mas como estamos tão ocupados
com nossa vida diária e tão famintos pela gratificação instantânea,
esquecemos – ou jamais separamos tempo para aprender – por que, para
começar, estamos aqui.
Cada um de nós tem uma opção: podemos estar meramente vivos no sentido
biológico ou podemos ser realmente vivos, espiritualmente vivos. Mesmo
como adultos, podemos viver da maneira que um feto vive – comendo,
bebendo e dormindo, uma pessoa completa que carece de seu elemento
mais vital: uma alma. Ou podemos aproveitar nossa capacidade para
sermos espiritualmente sensíveis, e participar do mundo.
É tentador passar nossa vida num estado semelhante ao do feto. Até os
Sábios admitem isso: ‘É mais agradável não nascer do que nascer." Não
seria mais fácil passar pela vida aquecido e bem alimentado, protegido
do mundo exterior, que suportar as difíceis batalhas da vida que todos
teremos de conhecer? |
De fato, muitos tentam se isolar, reagindo à vida
mas nunca se envolvendo nela por completo. |
"O nascimento é D’us dizendo que você é
importante" – O Rebe |
Sob esta
ótica, vemos que o nascimento, acima de tudo o mais, é um desafio, o
primeiro e talvez o mais difícil que jamais enfrentaremos.
Por um momento, pense sobre as experiências de um bebê. Agora tente
imaginar seu próprio nascimento. Que momento monumental! Que
sentimentos você teve? Que vozes escutou? Cientistas e psicólogos
estão apenas começando a reconhecer aquilo que a Torá tem ensinado
durante milhares de anos: que nossas experiências como recém-nascido
têm um profundo impacto em nossa psique interior. Um recém-nascido é
tão receptivo como uma esponja seca.
Escuta
talvez ainda mais que um adulto; exatamente porque sua mente
consciente ainda não funciona, e porque não entende as palavras, um
recém-nascido é muito mais impressionável. Absorve tudo em seu
ambiente na forma mais pura, sem ser adulterada pelo ego ou intelecto
adulto.
A educação, portanto, começa no momento em que a criança nasce. Isso
nos apresenta uma profunda responsabilidade sobre como nos comportar
na presença de uma criança, e como tratamos as crianças desde o
instante do nascimento. Lembre-se: a alma de um recém-nascido está
completamente viva, com ouvidos abertos que escutam tudo.
Um respeitado rabino, quando bebê, era carregado com freqüência em seu
cestinho para ouvir preces e canções. Ele cresceu e se tornou um
grande erudito e, em reconhecimento à maneira pela qual fora criado,
era cumprimentado muitas vezes com a bênção: "Abençoada seja aquela
que lhe deu à luz." |
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