TERUÁ - A Festa das
Trombetas
É a quinta festa bíblica instituída por Deus...
Sua comemoração deve ocorrer no primeiro dia do mês Tishri, data que
marca também o Rosh-Hashanah, o dia do ano novo hebraico. As
instruções para celebrar uma festa neste dia, marcada pelos toques das
trombetas, shofares em hebraico, está em Levítico 23:23-25. O shofar não é
somente tocado nesta festa, ele acompanha todas as festas bíblicas.
Trata-se de um instrumento profético que simboliza verdades espirituais
tremendas.
O
toque do shofar simboliza, primeiro, a provisão de Deus. Conforme Gn
22:13, foi justamente um carneiro preso pelos chifres num arbusto que Deus
proveu para morrer no lugar de Isaque, filho de Abraão. Esta provisão levou
Abraão a chamar aquele lugar de Javé-Jireh. Todas as vezes que se toca um
shofar, anuncia-se a bondade de Deus, que proveu Jesus Cristo para morrer em
nosso lugar.
Em segundo lugar, simboliza o socorro sobrenatural de
Deus. Em Nm 10:9, o Senhor determinou: Quando em sua terra vocês
entrarem em guerra contra um adversário que os esteja oprimindo, toque os
shofares; e o Senhor, o Deus de vocês, se lembrará de vocês e os libertará
dos seus inimigos. O verso 10 deste mesmo texto acrescenta a
necessidade de tocar shofares também nas festas e celebrações a Deus.
Além disto, o toque do shofar também anunciará a volta
do Messias, Jesus Cristo. Basta observar a revelação dada pelo Senhor em
Mt 24:31, onde Ele anuncia que no dia da Sua volta triunfal, os anjos
tocarão shofares. O apóstolo Paulo, ao ensinar os tessalonicenses acerca da
volta de Cristo, avisou que shofares celestiais anunciarão o exato instante
do retorno do Senhor (I Ts 4:16).
A festa das trombetas marca o primeiro dia de um mês
muito especial no ano hebraico. No 10o. dia após a Festa das
Trombetas ocorre o dia do Yom Kipur, o dia do perdão, ou Dia da Expiação
(Lv 23:26 ). No 15o. dia deste mesmo mês, e a vez da última
das sete festas bíblicas, a Festa dos Tabernáculos (Lv 23:33).
A unção de adoração que o espírito Santo (Yeshua, em
espírito - Apoc 3:20) vem derramando sobre a Igreja tem levado o povo
de Deus a redescobrir o valor do shofar e das festas bíblicas.
Shalom Adonai.
O TOQUE DO SHOFAR
Por Marcelo M. Guimarães
Israel e o mundo judaico estarão neste mês de setembro (Tishrei) em festa,
apesar de enfrentar uma guerra interna que já dura muitos e muitos anos. A
celebração das festas, segundo a Bíblia, é algo muito sagrado e profundo. E
Israel sabe disso. Mesmo que suas festas sejam sombras Daquele em que um dia
ainda crerão: Yeshua (Jesus), o Messias, como diz o apóstolo Paulo ( Co1:12),
suas festas são proféticas e falam de reino que há por vir, o reino de D’us
e seu Rei, aliás, Rei dos reis, Jesus Cristo, Yeshua Há Mashiach.
A festa do toque do Shofar, também conhecida como festa das trombetas, é
totalmente messiânica e anuncia um tempo para arrependimento, do juízo de
D’us e da vinda ou da volta (para nós judeus messiânicos e cristãos). Na
língua hebraica este dia do toque do Shofar é chamado de Yom Teruá ( dia do
Toque, ou dia do som ou alarme do Shofar) e este soar, como se fosse o
próprio fôlego ou sopro de D’us, anuncia que o juízo está próximo (Yom Hadin)
e que todos nós devemos estar preparados para o grande dia do encontro com o
Senhor. O Messias, vem e sem demora, Maran-Atá !
O Shofar , também conhecido como chifre do cordeiro ou antílope, daí variar
de tamanho, deve ser tocado não só no primeiro dia do sétimo mês (Lev 23:14
e Nm 29:1),m a chamada Festa das Trombetas, também conhecido no judaísmo
como Rosh Hashaná ou dia do Ano-Novo judaico, mas também em outras ocasiões
muito especiais. É um papel do sacerdote, do líder da congregação, que
através dos tipos de toques, convoca o povo solenemente para uma tarefa
específica.
Em Números, 10:1-10, encontramos algumas destas razões para o toque do
Shofar:
Primeiro, todos devem se mover, andar, sair da posição em que se encontram.
É um chamado de D’us. Para nós, significa, vamos! Avante! Yeshua está
voltando e nós temos que estar preparados com nossa “mala”pronta.
Segundo, peguem as armas, pois entraremos em batalha. Sabemos que o espírito
do anticristo, o sistema do mundo, o pecado que assedia a humanidade não dão
trégua. Estamos numa tremenda batalha espiritual contra as forças do mal e,
tudo isto ainda se tornará pior, pois o próprio Jesus anunciou os dias
vindouros e temíveis (Yamim Noraim). Há oposições e tribulações pela frente.
Os dias são maus. Então, o toque do Shofar nos recorda que D’us estará do
nosso lado, dando livramento e cuidando dos nossos inimigos, mas temos que
lutar, pois faz parte da vitória e, principalmente, daqueles que serão
chamados de vitoriosos, segundo o livro de Apocalipse;
Terceiro, um milagre ou uma intervenção divina acontecerá. Um belo exemplo
disso está registrado no livro de Josué (Js 6:8) quando sete sacerdotes
tomaram seus Shofarot (trombetas) e no sétimo dia, todos tocaram o Shofar e
o milagre aconteceu: As muralhas de Jericó ruíram-se e o inimigo foi
derrotado.
Existem inúmeras passagens na Bíblia, mostrando quando o Shofar deve ser
tocado. Outros exemplos, como: levar ao povo ao estremecimento e temor ( Am3:6);
lembrar que haverá um julgamento e que iremos vitoriosos adorar em Jerusalém
(Is 27:13); não permitir que nenhum dos escolhidos de D’us fique disperso,
mas que se arrependa dos maus caminhos e trilhe novamente os caminhos do
Senhor ( Lev 23; Nm29; Ne 4:20; Jr4:5; etc.). Se entendemos um pouco do
judaísmo bíblico, isto faz muito sentido, pois, logo após a festa das
trombetas, vem o chamado “Dez dias de Arrependimento”, cujo o último dia é
conhecido como o Dia do Perdão ou “Yom Kipur”. O termo “kipur,”do hebraico,
vem da palavra “kaporet” ou propiciatório ou cobertura de nossos pecados.
Logo depois, temos a maior das festas, a festa de Tabernáculos, onde fala do
reino, da vitória dos crentes, da vinda gloriosa do Messias, reinando no
milênio. Finalmente, Ele, Jesus, Yeshua, tabernaculará não só mais
internamente em nossos corações, mas como também, fisicamente conosco. Oh
glória!
Agora, podemos entender um pouquinho do contexto correto do porquê se toca o
Shofar. E tudo isto se torna ainda mais claro para nós, quando lembramos das
palavras de Jesus que virá em breve arrebatar sua Igreja, os vitoriosos,
quando...” Ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os que
lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra
extremidade dos céus...” ( Mt 24:31). Paulo, também fala desta passagem
várias vezes, correlacionando o toque do Shofar com a vinda do Senhor,
arrebatando sua Igreja (I Co14:8;15:52;I Ts 4:16).
Tudo está muito claro na Bíblia, mas o grande problema é que Igreja
gentílica tem muita dificuldade para aceitar estas festas e este tipo de
mensagem. A grande razão, na minha opinião, é que a Igreja veio de Roma,
onde as raízes judaicas da fé foram rompidas pelos pais da Igreja nos
primeiros séculos do cristianismo. Assim, muito das raízes bíblicas judaicas
da fé cristã foram perdidas ao longo do tempo, através do qual, costumes
pagãos adentrou fortemente no meio do povo de D’us. Mas, agora, graças ao
Eterno, nós como judeus messiânicos, estamos re-descobrindo nossas próprias
raízes, e restaurando tudo aquilo de belo, profundo e de grande unção que
D’us sempre teve, tem e terá reservado para nós, seus filhos, crentes em
Yeshua. Afinal, não devemos perder de vista que a Igreja gentílica, em
Cristo, foi enxertada na “oliveira”que é o Israel espiritual de D’us,
participando, assim da mesma seiva (bênçãos e promessas) dadas ao povo
escolhido na primeira aliança.
Resumindo, o som do Shofar deve nos levar ao arrependimento e à dependência
total de D us que cuida dos nossos inimigos. Mas, marchemos para frente e
não devemos retroceder. Permaneçamos no Caminho, na Verdade, recebendo a
vida abundantemente do Messias Yeshua. O som do Shofar nos mantém alertas e
tementes, pois, a qualquer hora, Ele virá e ninguém sabe a hora. O som do
Shofar nos faz recordar dos milagres de D’us para com o nosso povo e que
este mesmo D’us continua no controle de todas as coisas. O som da trombeta
nos faz estar preparados para o encontro com o Senhor nos ares e para isso
devemos acelerar para que todas as profecias concernentes ao povo judeu, a
Israel e a Igreja Universal, composta de judeus e gentios crentes em Yeshua,
sem nenhum muro de separação (Ef 2:11-19) se cumpram integralmente para que
Yeshua volte, ressuscitando mortos e redimindo as nações.
Que a Igreja entenda, profundamente, o toque do Shofar e que possa tocá-lo
corretamente e profeticamente. Não simplesmente fazer barulho sem
entendimento, soando-o a pretexto de qualquer evento ou encontros festivos
dos crentes. É tempo de exortação do próprio D’us à sua Igreja verdadeira, é
tempo de arrependimento, esperando pelas milagrosas manifestações divinas,
pelo poder, pela glória e livramento sobrenatural. Tudo isto toca a nossa
fé, trazendo mais temor, mais tolerância de uns pelos outros irmãos e,
sobretudo, mais amor às coisas simples utilizadas pelo Eterno para nos falar
de modo simbólico, mas profundo, dos mistérios do próprio D’us de Israel.
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