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SHEMA ISRAEL, ADONAI ELOHENU, ADONAI ECHAD! DEUT 6:4

 

HAVDALÁ, A CERIMÔNIA DO FIM DO SHABAT

 

"Abençoado sejas Tu, ó Senhor nosso o ETERNO, Rei do Universo, que distingues entre o sagrado e o profano, entre a luz e a escuridão, entre Israel e as nações, e entre o sétimo dia e os outros seis dias de trabalho”.

 

Havdalá é uma cerimônia profundamente poética, realizada sempre no final do Shabat e das festas. Marca a passagem de um dia sagrado para um dia de rotina, ou seja, do Shabat para o restante da semana. A Havdalá, palavra cuja origem vem do hebraico Le’Havdil – separar ou diferenciar – marca também o fim de todas as leis especiais e as proibições relativas ao Shabat. Após essa cerimônia, é permitido recomeçar a rotina semanal do viver cotidiano.

A Havdalá é recitada em pé, ao anoitecer de sábado, após o aparecimento das primeiras três estrelas médias. Esta prece pode ser feita em casa ou na sinagoga e não requer um minian (quorum de dez judeus). É um mandamento que tanto homens quanto mulheres devem seguir. Se não for possível realizar a cerimônia inteira, deve-se fazer, ao menos, a bênção abreviada (Baruch Hamavdil Ben Kodesh Lechol) antes de acender as luzes.

Entre sombras e luzes produzidas pela chama de uma vela comprida e trançada, pronunciam-se quatro bênçãos, todas relacionadas com os nossos sentidos: a primeira sobre uma bebida – geralmente vinho; a segunda sobre especiarias ou uma planta perfumada; a terceira, sobre a luz da chama; e a quarta e última, em louvor a o ETERNO, confiantes que Ele nos dará a força e a determinação para enfrentar os desafios da nova semana.

A cerimônia começa ou termina com uma canção que fala sobre Eliahu Hanavi. O profeta anuncia o Messias que, segundo a tradição, não virá no Shabat, pois este representa o sabor do mundo vindouro. Portanto, quando o Shabat termina, pode-se voltar a ter esperança de que o profeta Eliahu está por vir, prenunciando a época messiânica. O mundo, então, será transformado em um longo Shabat.

As bênçãos

As bênçãos são feitas em seqüência específica, o que pode ser entendido como um aprimoramento, uma elevação espiritual: dos lábios para o nariz, daí para os olhos e, finalmente, para o cérebro. Isto é, enquanto o vinho deve ser tomado, as especiarias bastam ser aspiradas para elevar e alegrar nossa alma. A vela nem precisa estar muito próxima para que sua luz derrame claridade, enquanto que para nos conscientizarmos do término do Shabat não se faz necessário nenhum dos sentidos, é como se nosso cérebro o compreendesse de pronto.

Assim como o Shabat começa com o kidush – a bênção sobre o vinho – também termina, na Havdalá, da mesma forma. O vinho tem uma conotação de alegria e de celebração. Existe o costume de encher o copo de vinho até transbordar, para atrair a bênção da abundância (Salmo 23). Apesar de ser a bebida mais adequada para a reza, se não houver vinho, pode-se usar qualquer líquido considerado importante, exceto água. Contrariamente ao do kidush, o vinho da Havdalá não é distribuído aos presentes, sendo unicamente ingerido, ao final da cerimônia, por aquele que anuncia a bênção. Há também entre as diferentes comunidades o costume de esfregar vinho nas têmporas ou atrás da orelha. Os sefaraditas costumam passá-lo atrás da orelha, nas têmporas, na nuca e nos cantos dos bolsos, para trazer sorte.

A bênção sobre as especiarias é a segunda. Esta é a uma das raras vezes no ritual judaico em que se usam aromas. Desconhecemos a origem do costume, pois esta já se tinha perdido quando o Talmud foi escrito. Qual seria o significado deste ritual perfumado? Por que devemos inalar o aroma de especiarias (bessamim, em hebraico) no final do Shabat? Segundo os ensinamentos cabalísticos, na véspera do Shabat o homem recebe uma alma suplementar, que em hebraico é chamada neshamá yeterá. Quando esta alma adicional retorna a seu mundo, ao término do Shabat, o homem, sentindo a perda, mergulha em profunda nostalgia e utiliza o perfume para se reerguer e reanimar o corpo.

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