Escolha Um Nome Judaico...
e Acrescente ao Seu!!!

Edição de o Caminho
A importância de um nome judaico refere-se àquela parte
de nós que verdadeiramente define a identidade judaica: a alma judaica. Um
nome judaico é o seu chamado espiritual, um título que reflete seus traços
particulares de caráter e os dons concedidos pelo ETERNO.
O fato de que o nome da pessoa representa sua força vital é insinuado pela
palavra neshamá (alma), cujas duas letras intermediárias formam a palavra
shem (nome). As letras do nome de uma pessoa são como o condutor através do qual
a vida é levada ao corpo. Portanto, a palavra shem (nome) tem o mesmo valor
numérico que tzinor, cano (condutor).
Nomear um recém-nascido judeu é uma tarefa sagrada, parte do ciclo de vida
da religião judaica. Um menino recebe o nome durante a cerimônia do brit
milá, quando entra no pacto de Avraham Avinu; uma menina é nomeada logo após
seu nascimento, na primeira oportunidade em que a Torá será lida. Seu pai
então é chamado na Torá e nesta oportunidade anuncia seu nome judaico.
Ao escolher um nome para a criança recém-nascida, os pais passam em revista
os nomes de seus entes queridos. Isso se baseia no preceito da Torá de que o
nome do falecido não deve ser apagado de Israel. Ocasionalmente, uma criança
recebe o nome de algum erudito em Torá, ou do maior tsadic da geração, cuja
vida foi consagrada à Torá; ou então uma menina recebe o nome de mulheres
sábias e grandiosas da Torá, cuja vida serviu como inspiração a todos.
Quando a criança recebe o nome de um parente falecido – segundo o costume
askenazi – cumpre também a mitsvá de honrar pai e mãe. É uma grande
honra em sua memória, e proporciona prazer aos parentes do falecido, quando os
seus descendentes recebem seus nomes.
A Cabalá afirma que os pais recebem inspiração Divina ao escolher um nome
para seu filho. O nome é registrado como pertencendo para sempre à esta
criança. É por este nome que o menino será chamado à Torá quando chegar a
seu bar mitsvá, aos treze anos; quando chegar à vida adulta e ao casamento,
seu nome aparecerá na ketubá; este nome é mencionado na prece E-l malei rachamim oferecida em
lembranças daquela vida após 120 anos de sua morte. Assim, o nome judaico
acompanha o judeu por toda a vida e em todas as ocasiões.
Classificação de nomes judaicos
Os nomes judaicos podem ser classificados em diferentes categorias:
1 – Nomes bíblicos – nomes mencionados nos cinco Livros da Torá, nos
Profetas, ou nas Sagradas Escrituras.
2 – Nomes talmúdicos – nomes originalmente encontrados no Talmud e Midrashim.
3 – Nomes encontrados na natureza – no mundo animal, alguns dos quais
aparecem nas Escrituras, tais como Chava, Rachel, Devorah, Tziporah, Yonah,
etc. Há também nomes do reino animal não mencionados nas Escrituras como
nomes de pessoas, tais como Aryrh, Zev, Tzvi; tais nomes originaram-se com
as bênçãos de Yaacov e Moshê, que aplicaram os nomes de diversas coisas
vivas às tribos de Israel.
4 – Nomes encontrados na Natureza – no mundo vegetal, alguns dos quais
aparecem nas Escrituras, como Tamar, etc. Outros nomes desse tipo são
Shoshana, Alon, Oren, Oranah, Aviva, etc.
5 – Nomes que incluem o Nome do ETERNO dentro deles (como no caso do Filho
do ETERNO), e nomes que expressam
agradecimentos ao ETERNO.
6 – Nomes de Anjos, que foram adotados como nomes humanos: Gabriel, Rafael,
etc.
7 – Nomes secundários, que ocorrem em conjunto com o nome principal, embora
ocasionalmente estejam sozinhos.
Como faço para dar ou receber um nome hebraico?
1 – Além de sua escolha:
Geralmente, seu nome hebraico é aplicado a você por ocasião de seu
nascimento ou pouco depois, escolhido por seus pais, que o nomeiam em
homenagem a um ente querido falecido, geralmente um antepassado (costume
ashkenazi) ou a um ente querido, como avós, ainda vivos, como forma de
homenageá-los (costume sefaradi). Ou, caso eles não tenham ninguém para
homenagear, talvez você receba um nome hebraico da preferência deles.
Portanto na verdade você não poderá escolher seu próprio nome, a menos que
não tenha recebido um até a idade adulta.
2 – Por sua escolha:
Se você não recebeu um nome hebraico até a idade adulta, ou seja, seus pais
não lhe fizeram um brit (caso seja menino) ou não lhe deram um nome na
primeira oportunidade em que foi lida a Torá logo após seu nascimento (se
for menina), você pode selecionar qualquer nome hebraico normal que lhe
agrade.
3 – Opções de conversão:
Um terceiro nome hebraico alternativo é quando um não-judeu se converte ao
Judaísmo. O convertido pode escolher qualquer nome hebraico, geralmente há
escolha algo foneticamente semelhante ao nome existente: John talvez se
torne Yonatan (hebraico para Jonathan), Mary pode se tornar Miriam.
Situações especiais
Um menino já nascido, por ocasião de sua circuncisão é nomeado no hatafas dam bris, na
presença de um minyan. Caso não haja um quórum de dez homens, poderá ser
nomeado na presença de dois.
Se uma criança nasceu, e é necessário rezar pela sua saúde, seu nome poderá
ser dado imediatamente, para que possam rezar em seu nome. Costuma-se apenas
dar o nome neste caso, sem no entanto torná-lo público até o brit milá.
Quando uma pessoa se encontra em situação de risco, como uma grave doença ou
problemas de saúde, o ETERNO não o permita, costuma-se acrescentar outro nome ao
seu nome judaico original. Desta forma pode-se alterar seu mazal, sorte e
destino (segundo o judaísmo cabalístico), e rezar pelo seu pronto restabelecimento e cura.
Importância vital
O nome pelo qual a pessoa é chamada é o recipiente que contém a força vital
condensada inerente nas letras do nome. Como disse o Eterno aos Anjos: "A
sabedoria de Adam é maior que a sua", pois ele entendeu a fonte suprema de
cada ser criado, e segundo este, ele o chamou por seus nomes. Portanto,
descobrimos que quando desejamos reviver alguém que desmaiou, chamamos seu
nome. Ao chamar seu nome, despertamos a força vital em sua fonte, e atraímos
vitalidade para o corpo. Similarmente, se alguém está adormecido, nós o
chamamos por seu nome.
Atualmente, o maior problema para o povo judeu é a assimilação e a
ignorância. Embora seja um grande problema, existem pequenas coisas que
podemos fazer para lutar contra isso. Podemos assistir uma aula de Torá uma
vez por semana ou por mês. Podemos celebrar o Shabat. E podemos usar nossos
nomes hebraicos. Quando os usamos, lembramo-nos constantemente de quem
somos, fortificando assim nossa identidade judaica e automaticamente lutamos
contra a assimilação. Parafraseando Neil Armstrong, talvez seja um pequeno
passo para um judeu, mas um salto gigante para o Judaísmo!
Devemos nos inspirar no exemplo fornecido por nosso povo na saída do Egito;
não se assimilaram. Este fato deveu-se a três fatores fundamentais que
fizeram questão de conservar: o modo de se vestirem, a língua (hebraico) e o
nome (judaico). Quanto ao último, disseram nossos Sábios: (Bamidbar Rabah
20:22) "Nossos antepassados mereceram ser redimidos do Egito porque não
mudaram seus nomes." Devido a estes cuidados tiveram o mérito de serem
redimidos e conduzidos à outorga da Torá no Monte Sinai.
Que possamos através de nossas boas ações e utilização destas mesmas
"vestimentas" que nos conectam à nossa essência, sermos merecedores de
presenciar a recompensa neste mundo: uma época sem guerras, onde a paz
verdadeira será restabelecida e o conhecimento do ETERNO transbordará no mundo
inteiro. Enquanto aguardamos, continuaremos colocando nomes judaicos em
nossos filhos...
SUGESTÕES:
Nomes
judaicos masculinos
Nomes judaicos femininos
ADOTAMOS: Yaosh (Apelido de Yaoshua =
Josué)
Yaoshua -
Do hebraico, significando "o ETERNO é minha salvação". Yaoshua, na Torá foi o
sucessor de Moshê, e levou os Filhos de Israel até a Terra Prometida. Seu
nome original era Hoshua. O prefixo Yah (simplificação do tetragrama) foi acrescentado mais tarde por Moshê.
Yaosh
Edison
VISITE A NOSSA LOJA ON-LINE |